Falar sobre política em ano de eleições é como lidar com fogo: as opiniões fervem intensamente, refletindo o calor do atual cenário político.
As eleições destacam-se como o epicentro das discussões - na UE e também nos EUA - e, por isso, é quase impossível não mergulhar de cabeça neste oceano de perspectivas. Termos uma opinião própria sobre política é muito importante, mas como podemos navegar em segurança e formar uma opinião própria, sem nos perdermos nas chamas da desinformação e da polarização? 😉

Para começarmos é necessário percebermos quais são as diferenças entre o sistema eleitoral da UE e EUA?

Enquanto a UE se destaca por sua complexa estrutura, composta por diferentes países e sistemas políticos, os EUA mantêm um sistema mais descentralizado. Nas eleições parlamentares da UE, a representação proporcional é predominante, refletindo a diversidade de opiniões e culturas entre os estados-membros, ao passo que nos EUA, o sistema "winner takes all" pode contribuir para uma polarização política, onde a vitória é determinada pela maioria.

E qual é a importância das redes sociais na política?

A importância das redes sociais na política é inegável. Elas tornaram-se uma ferramenta indispensável na comunicação política, permitindo que candidatos e partidos alcancem um amplo público de forma rápida e direta. Partidos com menos recursos financeiros conseguem competir com outros mais estruturados, partilhando as suas ideias, propostas e discursos, visto que esta estratégia é mais económica que as tradicionais - televisão, por exemplo. Ao partilharem as suas ideologias, planos e discursos conseguem estar mais próximos da população, mantendo um diálogo direto, esclarecendo questões, recebendo críticas e sugestões e criando uma imagem mais próxima e acessível.  No entanto, o impacto das redes sociais vai além da mera visibilidade, trazendo consigo inúmeros desafios.

Saber onde se encontra o equilíbrio entre a liberdade de expressão e a necessidade de combater a desinformação torna-se imprescindível neste mundo. É necessário ter atenção aos riscos e desafios do uso das redes sociais e adotar estratégias bem definidas para garantir uma comunicação eficiente e responsável. 

Saber onde se encontra o equilíbrio entre a liberdade de expressão e a necessidade de combater a desinformação torna-se imprescindível neste mundo.

Por um lado as redes sociais…

Permitem que qualquer pessoa possa expressar as suas ideias e ter acesso a diferentes pontos de vista, promovendo a diversidade e o pluralismo.

Dão voz a grupos minoritários que antes não tinham espaço na mídia tradicional, promovendo a inclusão e a representatividade.

Permitem que pessoas se organizem e se mobilizem em torno de causas comuns, promovendo a participação e a cidadania.

Mas ainda que estes sejam pontos positivos, por outro lado existe…

O aumento de fake news e conteúdos enganosos pode levar à polarização e à radicalização de opiniões, ameaçando a democracia e a coesão social.

Os algoritmos tendem a mostrar aos utilizadores apenas conteúdos que se alinham com suas crenças e valores, reforçando preconceitos e dificultando o diálogo construtivo.

Governos autoritários, empresas e grupos de interesse podem utilizar as redes sociais para manipular a opinião pública e promover programas específicas.

Falemos agora de FAKE-NEWS! 🚩

Se informação é poder, a desinformação é uma ameaça total. A disseminação de fake news e a manipulação de informações surgem como desafios cruciais durante as eleições de 2024. 

Na UE, a diversidade cultural e linguística pode ser uma porta aberta para a proliferação de narrativas enganosas e até mesmo de ódio. Já nos EUA, a polarização política muitas vezes alimenta a viralidade de fake news. Por isso, os esforços para educar o público sobre a identificação de informações confiáveis torna-se uma parte essencial da batalha contra a desinformação.

Mas então como é que pode identificar se está perante uma fake new ou não?

Identificar a veracidade de notícias pode ser algo desafiador, no entanto deixamos-lhe algumas dicas que podem ajudar a decifrar informações confiáveis de notícias falsas.

  • Verifique a fonte
  • Analise o Tom e Linguagem
  • Fontes Citadas
  • Mantenha o Ceticismo

No turbilhão de informações e debates acalorados, surge a pergunta mais importante:

Qual é o nosso papel? Quais são os nossos deveres?

Ser um cidadão responsável é sinónimo de:

👉🏻 Ser crítico, cético e proativo. 

👉🏻 Procurar a verdade - verificar fontes antes de compartilhar informações e evitar partilhar fake news. 

👉🏻 Questionar narrativas convenientes e desconfiar do que parece bom demais para ser verdade. 

👉🏻 Respeitar diferentes pontos de vista - ouvir ativamente o outro e procurar pontos em comum. 

👉🏻 Ser um consumidor consciente de informação. Estar atento aos algoritmos que moldam o que vemos, diversificar as fontes de informação e ser crítico do conteúdo que consumimos.

Na era do digital que vivemos, onde a informação flui, a escolha consciente e informada de cada um de nós é crucial. Que este exercício democrático seja um reflexo fiel de nossas convicções, contribuindo para um panorama eleitoral vibrante e diversificado.

E você, acredita em fake news ou cria uma opinião sobre o assunto? 🤔